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Dói e não passa

É muito difícil você ver alguém reconhecendo suas falhas em público. Numa era de felicidades sociais, quando suas intimidades são expostas como fator de consagração de likes e comentários bondosos pela frente, e maldosos por trás, demonstrar sua fraqueza é algo raro e bonito.




A dor de uma derrota é uma das coisas que mais tenho dificuldade em superar. Existem duas coisas na vida que me deixam no chão: a perda de um jogo de futebol importante, seja jogando ou assistindo, e a perda de um grande amor. Em 2015, por conta de um término traumático, nunca mais recuperei o dom de amar. Esse trauma foi estancado, mas não cicatrizado. Em 2017, a dor vem da bola. Foram diversas derrotas. Ouso dizer que esse ano foi pior que os dois anos em que caímos para Série B.


Pois bem, vivo hoje um dos dias mais tristes e doídos do ano. O sentimento de impotência é muito mais desesperador que o sentimento de ódio. Esse é o sentimento com relação ao jogo de hoje. O Palmeiras foi impotente em quase todo o jogo. Perdeu 90% das segundas bolas importantes e não conseguiu encaixar seu jogo em nenhum momento. Apesar das falhas na arbitragem, o resultado químico do jogo foi totalmente favorável ao Corinthians. Sejamos justos, o Corinthians mereceu a vitória e merece o título. No momento de maior questionamento no Campeonato, soube dar a volta por cima. Todos os méritos ao nosso rival.


Quanto ao Palmeiras, os mesmos erros que venho apontando faz tempo: a incompetência dos nossos laterais. Ademais, a escalação de Bruno Henrique foi péssima. Deveria ter entrado com o Jean na direita e Felipe Melo. Dudu pipocou hoje e as alterações no segundo tempo não surtiram efeito.


O dinheiro não traz felicidade da mesma forma que é impossível ser feliz sozinho. Quem em 2018, amar não venha acompanhado de elar, mas sim que traga Ela.

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