A crueldade da perfeição
- Por: Victor Missiato
- 21 de ago. de 2017
- 1 min de leitura
Certa vez, conheci uma garota. Linda, fina, simpática, estudiosa, trabalhadora, honesta, excelente cozinheira, ótima filha, educada, bondosa, muito linda, bem-sucedida, focada, viajada, companheira, gostava de várias coisas gostosas.

Eu ficava imaginando como, depois de alguns namoros fracassados, eu ainda teria a oportunidade de conhecer alguém com todas essas qualidades e disposta a compartilhar uma vida comigo, pois seu sonho era muito parecido com o meu. Mas teve um problema. O borogodó não bateu. Estávamos entrosadinhos, perfeitinhos, fofinhos e trabalhando por uma felicidade mútua. Mas o borogodó não bateu.
Isso me deixou desnorteado. Como assim, meu Deus? Tudo que te pedi até agora, você sempre me deu em dobro, quando não em triplo... Como assim? Agora que resolvi realizar meu último sonho antes dos 30, eu simplesmente não vi sentido naquilo que sempre orei pra ter?
Pois é, o mesmo está acontecendo com o Palmeiras. Feche os olhos. Imagine uma arena moderna, uma torcida rica e fanática, um presidente sério, uma mãetrocinadora, o seu ídolo do meio de campo (Felipe Melo), o melhor jogador da América, o artilheiro da América, a manutenção do elenco campeão, a volta do treinador campeão. Agora abra os olhos e veja o jogo de hoje contra a Chape.
Essa é a vida. Da mesma forma que certos amores dão certo quando tudo conspira contra, ou quando o Palmeiras é campeão do Brasil com Betinho, Mazinho, Leandro Amaro e cia., algumas coisas que você deseja tanto, acaba não tendo o mesmo sabor do que aparentava na vitrine...
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