Por que a ida de Derrick Rose para Cleveland é boa para ambas as partes?
- Por: Rafael Salim
- 28 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
Não é segredo para mais ninguém, Derrick Rose assinou com o Cleveland Cavaliers nessa segunda-feira, dia 24. Seu contrato é de apenas um ano e o mais assustador é que ele receberá apenas 2,1 milhões nesse tempo.

Apenas 2,1 milhões por ano? Sim. Apenas. Antes de Rose ter a fama de um jogador que só se machuca, ele foi a primeira escolha do draft de 2008 e foi eleito o calouro do ano na ocasião. Três anos depois foi eleito o mais novo MVP da história da liga, levando o Chicago Bulls à final de conferência, perdendo a série para o Miami Heat.
Na temporada seguinte, os Bulls com a melhor campanha da conferência leste enfrentaram os 76ers e, faltando 1 minuto e 22 segundos para acabar o jogo, liderando o placar por 12 pontos, a história dele na liga mudou para sempre.
Ao infiltrar para fazer uma bandeja, Rose rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo.
Depois desse fatídico dia, ele nunca conseguiu retornar a sua antiga forma, nem se manter livre das lesões, fazendo com que perdesse muito da sua confiança e do seu valor.
Nunca um antigo MVP recebeu tão perto do “salário mínimo da NBA” para jogar em um time.
O negócio foi excelente para os CAVS, já que contrataram um nome de peso (mesmo sem sua antiga forma, Rose ainda é um jogador que impõe respeito na liga), por um salário “irrisório”, que pode ajudar muito a equipe, caso se mantenha saudável, chegar a sua quarta final de NBA consecutiva. Ainda não é o suficiente para bater de frente com os Warriors, mas já é um baita progresso.
Rose também saiu beneficiado. Voltará a jogar em um time competitivo, que lutará para chegar nas finais da NBA novamente. Ele precisa se reinventar para o jogo e aqui cito a história de Bill Walton.
Jogador que foi MVP pelo Portland Trail Blazers e, por causa das lesões, mudou seu estilo de jogo para ser o sexto homem pelo Boston Celtics, tendo inclusive sido eleito o melhor sexto homem da temporada de 1985-1986, ganhando o título no mesmo ano.
Acho que não adianta tentar se iludir ao pensar que voltará a ser um dos melhores jogadores do mundo novamente. Ele deve seguir os passos de Walton e ser uma excelente opção vindo do banco e participando de times que possuem calibre para brigar pelo título.
Como isso provavelmente não acontecerá, visto que Irving provavelmente vai sair e ele assumirá a condição de titular, será muito bom para ele estar em um time forte, que o ajudará a se motivar todos os dias para tentar chegar perto do que um dia ele já foi.
Opmerkingen