Menos vistoso, mais tática, mais resultado!
- Por: Julio Klein
- 20 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
Historicamente, desde que me entendo por gente, vejo cada clube de São Paulo com um estilo de jogo definido. O Corinthians tem a marcação forte e um padrão tático bem definido, o São Paulo com um estilo mais agudo e um time que cresce em momentos inesperados, o Palmeiras eu não sei, pois admito que nunca acompanhei muito a série B, então acabei perdendo muitos jogos (de várzea?) da Crefisa. Já o Santos sempre foi aquele time ofensivo, que priorizava o futebol bonito e os Meninos da Vila. Contudo, por incrível que pareça, de 2016 para cá, em alguns jogos importantes, vejo o Santos mais maleável e aceitando jogar um futebol menos vistoso por resultados mais positivos, ou seja, aprendendo a "sofrer" e isso me deixa baita feliz.
Desde minha última postagem, o Santos entrou em campo quatro vezes e não perdeu. Foram três vitórias, em cima de SPFC, Chapecoense e Atlético-MG, no Horto, e um empate contra o Vasco, fora de casa. Analisando friamente, os resultados foram excelentes, contando o número de desfalques que o time teve no período e a dificuldade dos adversários, mas, vou além, o que mais me deixou alegre foi ver o time aprendendo a marcar mais e se fechar com qualidade por um resultado positivo. Foi assim contra o Atlético-MG, quando Vanderlei brilhou e Daniel Guedes marcou nos acréscimos para garantir a vitória, foi assim contra o Vasco, onde o Santos não jogou nada, mas saiu com um ponto do RJ, e foi assim ontem contra a Chape, em jogo que Vanderlei foi importantíssimo mais uma vez e o time venceu no talento de Lucas Lima, Vecchio e na forte marcação imposta. Essa mudança na mentalidade do clube pode gerar, além de grandes resultados, um avanço tático histórico e muito desejado na Vila Belmiro.

(Créditos: JJ Esportes)
Libertadores, quando não se tem astros fora do padrão como Neymar e Pelé, se ganha com time cascudo, time que sabe sofrer fora e vence em casa, foi assim com o Corinthians em 2012, SPFC de 2005, Internacional em 2006, com o Boca em 2003 (em cima do Santos) e, quem sabe, com o Santos em 2017? Estamos invictos na Libertadores, em terceiro no Brasileirão e decidindo as quartas da Copa do Brasil, isso mesmo com inúmeros desfalques, como Zeca, Ricardo Oliveira, Gustavo Henrique, Luiz Felipe e Renato, sendo que todos estarão de volta para a provável quartas de final da Libertadores. Além disso, Nilmar e Matheus Jesus devem estar aptos para jogo até lá. Há esperança!
O que quero dizer é que com esse avanço tático no pensamento do clube e com o reforço do time que já vem jogando e dando resultado, o Santos chega ao momento decisivo da temporada com um elenco forte e uma "camisa que entorta varal quando recheada com qualidade" e isso, meus amigos, pesa demais quando se trata de Libertadores.
O caminho já sabemos, e muito, basta colocar a bola no chão e jogar com a raça e a qualidade necessárias e obrigatórias para quem veste a camisa mais pesada do futebol brasileiro.
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