Soberania de Leco retira o Soberano do São Paulo
- Marco Antonio Zioli
- 10 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
O problema do São Paulo vai muito além do técnico. Há anos o São Paulo Futebol Clube deixou de ser um modelo de gestão, e virou um time de escândalos políticos, de direções caóticas.
A demissão do Rogério Ceni não me surpreende, apesar de ser o maior ídolo da história são-paulina, a contratação dele quatro meses antes da eleição levantou a questão: É um projeto ou uma campanha política? E sua demissão dois meses após a eleição provou o que muitos imaginavam, mesmo que seu trabalho não seja unanimidade, muito pelo contrário, a direção usou a imagem do ídolo maior para se reeleger.
O desmanche do time mostra que não existe projeto. O São Paulo é, cada dia mais, uma vitrine de jogadores, onde vender bem vale mais que título. Do time titular que chegou a semi-final da libertadores de 2016, só o Rodrigo Caio continua, e está de saída.

Depois de Muricy Ramalho, que saiu em 2009, o São Paulo teve 16 técnicos, uma média de 6 meses por técnico. Hoje ninguém sabe o time titular, está sendo remontado no decorrer do campeonato brasileiro, do técnico aos jogadores. A perspectiva do time é clara, vai brigar para não cair.
Dorival Jr. chega para salvar o São Paulo do rebaixamento, nada, além disso. Um técnico de ponta, que fez um ótimo trabalho no Santos, que sabe trabalhar com os meninos da base, mas que sofrerá com a “loja de jogadores” São Paulo Futebol Clube.
O Campeonato Brasileiro ainda está no começo, onde muita coisa pode mudar, porém não tenho nenhuma expectativa em 2017, alias, enquanto essa corja São-Paulina reinar nunca terei expectativas. Á medida que o São Paulo não ter uma revolução política, voltar a ter organização, manter uma base no elenco de 2 anos, e parar de trazer jogadores por empréstimos curtos, nunca voltará a ser São Paulo.
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