Gabriel França: Muito obrigado e volte logo!
- Por: Gabriel França
- 4 de jul. de 2017
- 3 min de leitura
Ontem, dia 03 de julho de 2017, a diretoria anunciou que Rogério Ceni não seria mais o treinador do São Paulo Futebol Clube. O maior ídolo da história do clube como jogador não obteve o mesmo sucesso no comando técnico da equipe.

Não sou hipócrita de dizer que o Rogério estava preparado para ser treinador, ainda mais em uma equipe como o São Paulo, ele não tinha experiência nenhuma para tal cargo. Mas quando ele foi anunciado, o torcedor são paulino apoiou, e, acima de tudo, acreditou que seu maior ídolo também poderia dar certo fora das quatro linhas.
Rogério Ceni não vingou, por uma série de fatores. Primeiramente, a diretoria não o ajudou, usou o Rogério de escudo para o planejamento mal feito em 2017. Leco colocou Rogério como técnico porque as críticas com ele no comando seriam amenizadas e a paciência do torcedor são paulino realmente é maior quando se trata do Mito.
Outro fator é que Rogério realmente não estava preparado para ser o comandante de uma grande equipe. Rogério se perdeu em suas convicções, começou o ano com o time com uma proposta ofensiva e depois escalou times extremamente defensivos com três zagueiros e três volantes. O fato é que Rogério realmente devia ter se preparado melhor antes de aceitar a proposta de comandar o clube pelo qual é ídolo.
Mas, Rogério Ceni foi o pior técnico da história do São Paulo? Nem de perto! Rogério teve um aproveitamento muito próximo ao do Osório, por exemplo, que é tão elogiado por aí. Além disso, ele foi extremamente prejudicado pela atual gestão do Leco, que simplesmente transformou o elenco tricolor em um saldão de ofertas. Sem contar que já tivemos técnicos como Adilson Batista, Ney Franco, Ricardo Gomes, etc...
A notícia da demissão de Rogério Ceni veio como um prato cheio para os rivais do tricolor, porque, por inveja ou qualquer outro sentimento, querem diminuir a todo custo a imagem do maior ídolo de um clube brasileiro. Mas mesmo os são-paulinos que eram a favor da saída do técnico tricolor, tiveram apenas um sentimento após a notícia da demissão do Rogério, o de tristeza. Tristeza porque dói se despedir de um ídolo, ainda mais com esse sentimento de missão não cumprida.
Mas fica o aviso para os rivais que tentam, a qualquer custo, diminuir ou denegrir a imagem de Rogério Ceni perante os são-paulinos: Rogério Ceni é grande por si só! Foram 16 títulos com a camisa tricolor, incluindo 3 brasileiros, 2 mundiais e 2 libertadores. Mais de 25 anos honrando a camisa tricolor, se cada jogador tivesse 10% de um pouco de Rogério, talvez o futebol não fosse tão carente de ídolos como é hoje.
Enfim, apesar do Rogério não ter obtido sucesso em sua primeira oportunidade como técnico do São Paulo, eu jamais deixaria de agradecê-lo, acima de tudo ele ama esse clube e sempre deu o seu máximo por ele.
Não é porque o Rogério não deu certo agora no tricolor que a sua história como técnico do clube acabou, que ele aprenda com os erros e adquira experiência, para quem sabe um dia, volte a ter glórias com o manto tricolor, só que dessa vez comandando a equipe no banco de reservas.
Aqui é e sempre será a casa de Rogério Ceni, portanto, muito obrigado e volte logo!
“Gostaria realmente de, no fim da vida, ter as cinzas jogadas do alto das arquibancadas. Me sentiria mais perto da coisa que não sei foi a melhor que fiz na vida, mas a qual mais me dediquei na vida”. Rogério Ceni - Mito
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