Amor e futebol andam juntos. Parabéns Corinthians!
- Por: Germano Martiniano
- 12 de jun. de 2017
- 2 min de leitura
Não há como dissociar o futebol da vida humana, pois este esporte é um retrato da realidade social. Nele você perde, você chora, você ganha, você ri, você vira o jogo no último minuto e o mundo acaba em alegrias, ou você perde aquele jogo ganho e é consumado por uma raiva mortal. No futebol não há certezas, vide o Galo, Mengo e o Verdão, que mesmo com elencos de estrelas, ainda capengam nesta temporada. As contingências do futebol dão cor ao espetáculo, trazem luz ao esporte!

No amor é a mesma coisa. Não existe amor sem incerteza, sem aposta, sem entrega. Se houvesse não teria graça, pois é o frio na barriga de saber que tudo pode acontecer que traz graça ao espetáculo chamado romance. Hoje, dia dos namorados, como disse meu amigo e blogueiro Victor Missiato, donzelas dirão "eu te amo para o resto da vida", galanteadores dirão "você é única para mim"! Mas, amanhã tudo pode se desfazer, pois a vida não dá garantias. Ou, quem sabe, pode ser também real e ser um daqueles amores que durão a vida toda e chegam até a velhice cheio de netos. Tudo pode acontecer. O que não pode acontecer é se acovardar por medo de sofrer, quem nunca sofreu não amou, não viveu! Se der errado, dói mas passa, como diz o mesmo Missiato. Se der certo, agradeça aos céus, pois o amor é plenitude da vida humana!
Ontem em Itaquera, diante de uma arena lotada por fiéis, amantes do futebol e do Corinthians, o São Paulo de Rogério Ceni se acovardou, teve medo e só não tomou mais, pois o time do Corinthians ainda peca para matar o jogo rápido quando pode. Ceni não seguiu a lei do amor, ficou com medo de sofrer e sofreu do mesmo jeito no final! Carille foi ousado, teve "ousadura", parecia um discípulo de Tom Jobim e Vinicius de Morais que se entregavam às paixões sem medo, sem frescura e sem covardia. Amaram infinitas vezes, sofreram infinitas vezes, viveram a intensidade da vida. O Timão quis o jogo, propôs o jogo e fez tudo o que um amante deve fazer, se entregou de corpo e alma. Foi intenso. Por isso os 3 a 2 contra o freguês SP.
Vida, amor e futebol andam juntos, as vezes, se confundem tamanha similaridade. Quem entender essa lógica viverá uma vida plena. Ontem, Carille entendeu, Ceni não. Parabéns ao Corinthians, parabéns ao AMOR!
Obs: Romero foi o cara do jogo, fez gol, desarmou, dominou com estilo, provocou e fez tudo o que podia fazer! Romero foi um verdadeiro amante ao dominar as donzelas em Itaquera!
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