Victor Missiato: Dói, mas passa
- Por: Victor Missiato
- 28 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Ver a foto do grande amor da sua vida feliz com outra pessoa no Facebook dói, mas passa. Perder para o Corinthians nos 100 anos do clássico com um a mais na casa deles dói, mas passa. Perder um campeonato pela sua República nos detalhes dói, mas passa. Perder de 3 a 0 para a Ponte Preta num dia atípico e ver o sonho de disputar a primeira e única final do ano contra seu maior rival dói, mas passa.

Perder para na Bolívia sem dar um chute ao gol dói, mas passa. Assim como dói muito ser corno e/ou dispensado sem remorso algum. Mas isso também passa. Perder para a Chapecoense novamente em um sábado chuvoso e sombrio dói, mas passa. Dói também perder o pênalti decisivo numa semi-final de campeonato inter-cursos com a quadra lotada torcendo para o seu time. Passa.
Perder para o Rogério Ceni dói, mas passa. Perder jogando bem e tendo a chance de quebrar o jejum de 15 anos dói, mas passa. Perder um jogo com um pênalti perdido pelo merda do Jean dói, mas passa. Ver o seu maior ídolo engolir dois frangos dói, mas passa. Ter o seu celular bombardeado por são-paulinos de todo os lugares do Brasil dói, mas passa. Ver o seu time não conseguindo realizar uma boa temporada depois de vários bons investimentos dói, mas passa.
A dor é necessária. Você dorme pensando nela. Acorda com aquele gosto amargo. Fica meio atordoado ao longo do dia. A dor não te deixa perder a linha, porque a dor não é desespero. A dor é doída. E com essas dores seguiremos em frente. Está doendo, mas vai passar.
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