Cadê todo mundo?
- Por: Julio Klein
- 15 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Cadê Ricardo Oliveira? Cadê Vitor Bueno? Cadê Renato? Que zaga é essa? Cadê o Santos do futebol envolvente? Onde está o treinador que deveria bater no peito e chamar a responsabilidade? É meus amigos, a coisa anda cambaleando em Santos. Foi só começar o Campeonato Brasileiro para, mais uma vez, vermos a estreia do Peixe no Nacional sem vitória.
O jogo era complicado, mas não era para perder. O time da baixada fluminense resolveu apostar em juventude e rapidez esse ano, e promete dar trabalho, principalmente jogando em casa. Abel Braga, ao meu ver, é o melhor técnico em atividade no Brasil e soube armar o time do Rio muito bem, mas, o Santos foi, mais uma vez, ASSALTADO no Maracanã.
Como sempre, o Santos toma gol devido a falha individual, e dessa vez, foi do Yuri. O zagueiro/volante que veio como uma grande promessa do Audax, já teve inúmeras chances e ainda não apresentou futebol nenhum. Foi escalado para dar mais velocidade a zaga e perdeu na corrida para o centroavante tricolor, logo aos 3 minutos, e entregou o gol. Após o empate do Peixe, em boa jogada de Bruno Henrique e Victor Ferraz, o Santos dominava o jogo até um dos pênaltis mais roubados do Brasil. Inocência do Jean Mota (que não sabe jogar de lateral), esperteza do Henrique Dourado (que se jogou na área) e erro grotesco do juizão.
No segundo tempo, o time da Vila continuou dominando as ações do jogo, mas tomou o terceiro gol em nova falha de marcação. No finzinho da partida, após um passe MÁGICO do Lucas Lima, o Santos diminuiu e aí veio mais um assalto, para coroar a manhã carioca. Um pênalti DESCARADO no último lance do jogo em cima do Renato e, claro, o árbitro não marcou.
O Peixe perdeu o jogo e a culpa deve, enfim, cair, além de na arbitragem, no Dorival. O treinador deve ser o sujeito que protege o time externamente e cobra internamente, independentemente de ser “medalhão” e líder do time, e ele não faz nenhuma das duas coisas. Sou a favor da continuidade do trabalho de um técnico, mas quando um time acomoda e o treinador não consegue dar um “choque” nos jogadores, algo tem que mudar. O Santos tem um time forte, é extremamente competitivo em uma competição mata-mata, como Libertadores e Copa do Brasil, mas precisa de uma chacoalhada para voltar a jogar bem constantemente.

Dorival, ACORDA MEU FILHO. Ricardo Oliveira não dá mais e o Renato precisa começar a ser menos importante no esquema tático, pois quanto mais tempo passa, mais a idade está pesando. O próximo jogo é da Libertadores, onde o Santos vem se mostrando competitivo, quarta na altitude de La Paz. Se perder, o comando técnico alvinegro deve mudar, mas torço para uma continuidade, desde que com mudança de postura.
Rezemos para dias melhores na Vila, senão, como venho dizendo, se demorar muito, pode ser tarde demais e o ano do Peixe se resumir ao Brasileirão.
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