Gabriel França: A dois passos do segundo semestre
- Por: Gabriel França
- 17 de abr. de 2017
- 3 min de leitura
Na noite deste domingo de páscoa (16/04), São Paulo e Corinthians se enfrentaram em duelo válido pela semifinal do campeonato paulista de 2017. O dois times vinham de resultados diferentes na Copa do Brasil: O Corinthians conquistou a vantagem contra o Internacional, empatando com gols fora de casa; e o São Paulo vinha de uma derrota desastrosa por 2x0 para o Cruzeiro em pleno Morumbi.

O JOGO
No primeiro tempo de jogo, a desorganização do São Paulo foi engolida pelo compacto Corinthians. A escalação inicial do São Paulo até que nos fazia acreditar em um bom futebol, com o Cueva no meio-campo, Araruna na direita e Thiago Mendes atuando como segundo volante e não como ponta. Mas logo no início do jogo Wellington Nem sai machucado para dar lugar ao Cícero, o que acaba com aquela ilusão inicial. Não porque o Wellington Nem está jogando o “fino da bola” (muito pelo contrário), e sim porque o tricolor voltaria a ter aquele meio-campo bagunçado dos últimos jogos.
O Corinthians marcou os dois gols da partida no primeiro tempo, com Jô e Rodriguinho. Ambos os gols surgiram de uma extrema liberdade dada pelo setor defensivo do São Paulo ao meio-campo corintiano. O goleiro aceitou o segundo gol, os zagueiros perdiam todas as disputas de bola para o Jô, o meio campo foi apático e o ataque não soube aproveitar as chances que teve, mesmo que tenham sido poucas. Não há o que se reclamar de falha individual, o São Paulo falhou em todas as posições, do goleiro ao atacante.
No segundo tempo, podemos ter um pensamento ilusório de que o São Paulo melhorou e dominou o jogo. Errado. O Corinthians voltou para o segundo tempo com apenas um intuito: defender. Para piorar, aos 04 minutos perdeu Jadson por uma contusão no joelho, o que fez com que o meio-campo perdesse em criatividade. Carille abdicou de atacar, tanto que optou por manter o Jô isolado no ataque do time até o final do jogo, sendo que poderia optar por uma opção mais ágil para o contra-ataque.
Na volta para o intervalo Rogério Ceni substituiu Luiz Araújo para dar lugar ao Gilberto, mudando o esquema tático do time para o 4-4-2. O time até que criou mais chances, mas tudo na base do “chuveirinho”, contando com as duas torres que estavam postadas na área: Gilberto e Pratto. Os dois, inclusive, são os que menos merecem críticas porque pelo menos lutaram até o final e suaram a camisa, ao contrário de jogadores como Thiago Mendes e Cícero.
O jogo acabou e foi isso, 2x0 para o Corinthians em pleno Morumbi lotado. A verdade é que o São Paulo de Rogério Ceni é um time desorganizado e descompactado, não se observa as linhas defensivas do time. Parece aquele final de pelada, sabe? Onde ninguém tem uma função específica no time ou posição definida.
Rogério Ceni precisa se reinventar, nota-se que após as críticas de que o São Paulo estava tomando muitos gols ele mudou a forma de jogar. Pelo menos no início do ano dava gosto de assistir os jogos do São Paulo, não apresentava esse futebol apático de hoje.
São Paulo terá duas missões quase impossíveis durante a semana, que é reverter placares de 2x0 contra dois times grandes e bem postados, fora de casa. A derrota de hoje me fez lembrar aquela musica da banda Blitz: “estou a dois passos...”. Pena que o destino são-paulino poderá ser o fracasso!
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