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Julio Klein: Venceu, mas perdeu

  • Por: Julio Klein
  • 11 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

Venceu, criou, mas não se classificou. O que aconteceu na noite desta segunda-feira (10) no Pacaembu chega a ser trágico para os santistas. O que era para ser uma noite de comemorações e de reconciliação do time com o torcedor, acabou se transformando em um começo de ano para ser, praticamente, apagado (com uma bela ajuda da arbitragem).




O jogo de ontem chegou a iludir o torcedor santista pelo futebol demonstrado. Assim como nos jogos contra Palmeiras, pelo paulista, e The Strongest, pela Libertadores, o Peixe dominou o jogo e teve lapsos do futebol tão apreciado e temido apresentado em 2016. O Santos, enfim, mostrou a força de sua torcida, que lotou o Pacaembu para empurrar o time na decisão da última vaga para a semifinal do Campeonato Paulista, mas...não deu.


O melhor confronto das quartas foi decidido nos pênaltis e a Ponte Preta acabou calando um estádio com quase 38 mil pessoas. O time do litoral pagou o preço pela péssima primeira partida que fez em Campinas, pois nos últimos 90 minutos dessa decisão, a Ponte Preta chutou UMA única vez ao gol de Vanderlei. Triste ver o time que mais jogou bola no confronto tenha se desclassificado, mas a eliminação não ocorreu ontem em SP, e sim no primeiro jogo do confronto em Campinas, onde o time da Vila foi dominado pela Macaca e viu o goleiro Vanderlei salvar o Santos de uma goleada.


O JOGO


Analisar o jogo de ontem é analisar um treinamento ataque-defesa, onde só vimos um time jogar bola, porém, mais uma vez, o Santos pecou nas finalizações e no último passe, e acabou não conseguindo os dois gols de diferença no tempo normal para evitar a decisão por pênaltis.


O meio-campo santista foi o diferencial para o domínio completo do jogo. Renato e Thiago Maia, literalmente, carregaram o time nas costas num jogo onde a Ponte se propôs a só se defender. Com mais de 60% de posse de bola, o Peixe mostrou seu tradicional jogo de toque de bola, rodando muito e confundindo a defesa adversária. A zaga, que vinha sendo um problema, se mostrou mais sólida ontem.


Pena que a arbitragem tenha manchado o espetáculo, com a não marcação de um pênalti CLARÍSSIMO no Bruno Henrique e a não expulsão do Clayson (que já tinha amarelo) que aplicou uma voadora no beque santista.


O jogo, decidido nos pênaltis, foi marcado também por David Braz. O zagueiro que marcou um golaço para garantir a vitória no tempo normal, perdeu a única cobrança de pênalti e acabou vendo o Peixe ser eliminado em pleno Pacaembu lotado.


O TIME


Com a eliminação, a temporada do Peixe se resume a Libertadores, a Copa do Brasil (nas fases decisivas) e ao Campeonato Brasileiro.


Acredito que o time do Santos, individualmente, é muito bom. Temos peças importantes e que jogariam em qualquer time brasileiro, contudo, está na hora de mudar um pouco. Para almejar voos maiores, jogadores carimbados como Lucas Lima e Ricardo Oliveira, precisam voltar a jogar o futebol que se espera deles. O zagueiro Cléber, contratado por mais de 7 milhões, necessita provar o acerto no alto investimento feito e se merece vestir a camisa do Glorioso Alvinegro. E o estilo de jogo do Santos precisa ser ampliado. O técnico Dorival precisa abrir o leque de táticas, pois estamos previsíveis demais. A triangulação entre Lucas Lima, Vitor Bueno (que não está jogando nada) e um dos laterais já está fácil de ser marcada. O Santos precisa ser mais incisivo e objetivo, pois tem jogadores tecnicamente capazes de decidir grandes partidas.


O período de teste acabou na Vila. Em oito dias, o Peixe irá à Colômbia para enfrentar o Santa-Fé pela Libertadores e precisa de um bom resultado para curar um pouco dessa “ressaca” deixada pela eliminação do Paulista. Está na hora do time encontrar uma regularidade e mostrar o porquê é considerado um dos melhores times do Brasil. Creio que rendendo o que pode render, o Santos ainda tem chances de brigar por todos os campeonatos que disputa, mas PRECISA JOGAR BOLA.

Triste iniciar essa jornada Santástica com vocês após uma eliminação, mas, pode escrever, o torcedor santista ainda comemorará título nessa temporada. O time é capacitado, o treinador conhece o time, e peso da camisa é GIGANTESCO.


“É preciso dar um passo para trás para depois dar dois passos adiante”

 
 
 

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